
Os dados são claros. De acordo com números do INE publicados no final de outubro, desde março deste ano houve mais 7396 mil mortes do que a média do período homólogo dos cinco anos anteriores, com a covid-19 a ser ‘apenas’ responsável por 27,5% do total de óbitos.
“Como a gestão do doente oncológico depende da prestação de cuidados hospitalares, o impacto foi significativo”, admite José Dinis, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. “Houve diminuição da capacidade de resposta por necessidade de reafetação de recursos e necessidade de remodelar a metodologia de prestação de cuidados clínicos e de suporte”. Numa altura em que a emergência pública provocada pela pandemia se agudiza, o médico explica que a “resposta dos serviços de saúde será sempre condicionada à evolução da pandemia”.